O dia 11 de março de 2020 entrou para a história com a declaração de pandemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir deste dia, uma nova conjuntura foi implementada em praticamente todos os países, sendo algumas bem severas. O trabalho remoto, também conhecido como home office, foi efetivamente adotado pelas organizações. Lembrando que as empresas e funcionários não necessariamente estavam preparados para este modelo de trabalho.
Neste novo cenário de isolamento social, os desafios impostos à gestão de pessoas a distância tornaram-se uma tarefa complexa aos líderes, as empresas e aos colaboradores.
Em pesquisa realizada em maio de 2020 pela Revista Piauí em conjunto com a Ideia Big Data, apenas 16% dos entrevistados consideravam o retorno completo ao local de trabalho pós-pandemia, ou seja, voltar a trabalhar todos os dias presencialmente no escritório.
Recentemente algumas empresas começaram a estudar um modelo “híbrido” de trabalho, onde os colaboradores trabalham alguns dias da semana no escritório e outros em home office.
Mas quais seriam as principais competências necessárias aos gestores de equipes a distância neste cenário ?
Em pesquisa realizada entre outubro e dezembro de 2020, os autores ouviram mais de 350 gestores de equipes remotas e identificaram as principais competências necessárias para um melhor desempenho na gestão de pessoas a distância, são elas :
· Exercer uma liderança inspiradora
· Estimular o empoderamento da equipe
· Ter flexibilidade e adaptabilidade
· Praticar boa comunicação
· Demonstrar equilíbrio emocional nas decisões
· Praticar escuta ativa com a equipe
Podemos considerar que as competências acima são soft skills tradicionais, mas quando se trata de gestão a distância, sobretudo em um momento de pandemia, atributos como comunicação, empatia, empoderamento e equilíbrio emocional, dentre outros, tornam-se ainda mais relevantes e necessários para uma melhor “conexão” com as pessoas.
Já os desafios impostos aos líderes são vários, mas talvez os mais importantes na atualidade sejam o reskilling, que é a capacidade de desapredender e reaprender, estando aberto a desenvolver novas competências e o lifelong learning, que é o mindset de nunca parar de aprender, permitindo que o reskilling seja constante e fluído.
E você, o que aprendeu nesse período ?
Autores:
Ewerson Padovan é Mestre em Gestão de Negócios pela Fundação Instituto de Administração – FIA e Diretor do Banco Modal.
Profa. Dra. Elza Fátima Rosa Veloso é coordenadora e professora da Fundação Instituto de Administração – FIA, Mestre, Doutora e Livre-Docente em Administração pela FEA/USP / Northern Illinois University (NIU) e Organizational Behavior na University of Illinois at Chicago (UIC).
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