Empresas avançadas em gestão de pessoas buscam gerenciar o clima organizacional continuamente, como uma ação estratégica que subsidia diversas decisões que envolvem o corpo funcional.
Em momentos de crise, a mensuração do ambiente psicológico permite o acesso a dados que mostram a variação da percepção das pessoas ao longo do tempo. Mas, o trabalho a distância pode passar a impressão de rompimento da possibilidade de realizar esse acompanhamento. Neste ponto, para entender a necessidade de continuidade dessa gestão durante o home office coletivo, cabe resgatar a orientação de Schneider e White de que o clima organizacional se forma na medida em que existem interações sociais, em que há exposição das pessoas às mesmas características estruturais objetivas e quando são adotadas práticas de seleção, de retenção e de designação de tarefas.
Dessa forma, pesquisas de clima organizacional e suas variações mostram-se absolutamente oportunas neste momento. Esse fato pode ser observado nos resultados parciais da pesquisa sobre home office, coordenada pelos professores André Fischer e Wilson Amorim, do PROGEP-FIA e FEA-USP, publicados no jornal O Estado de São Paulo. A matéria, que pode ser acessada neste link, mostrou que 70% dos executivos participantes do levantamento sentem-se motivados a continuar trabalhando em home office depois da pandemia. Esse dado indica o quanto é (e será) importante saber utilizar instrumentos de mensuração de percepções no pós-crise, rumo a ambientes de trabalho mais gratificantes, seja em modo presencial ou virtual.
Disponível em: E-mail Marketing da FIA
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